O Brasil registrou, em 2024, o menor nível de desigualdade desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012. O índice de Gini, indicador que mede a concentração de renda e varia de 0 (máxima igualdade) a 1 (máxima desigualdade), caiu de 0,544 em 2021 para 0,506 em 2024, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa quinta-feira (8).
O rendimento mensal real domiciliar per capita atingiu R$ 2.020, o maior da série histórica, com alta de 4,7% em relação a 2023 e de 19,1% em comparação com 2012. A massa de rendimento domiciliar per capita, que é a soma de todos os rendimentos da população, chegou a mais de R$ 438 bilhões em 2024, um aumento de 5,4% em um ano.
O rendimento médio de todas as fontes para a população com renda chegou a R$ 3.057, também recorde. Rendimento do trabalho e de programas sociais atingiram R$ 3.225 e R$ 836, respectivamente.
A participação dos programas sociais no rendimento per capita passou de 3,7% para 3,8% entre 2023 e 2024. Já a proporção de domicílios com beneficiários do Bolsa Família recuou de 19% para 18,7%.
A desigualdade também caiu na comparação entre faixas de renda. Em 2024, os 10% mais ricos recebiam 13,4 vezes mais que os 40% mais pobres. Em 2018, pico da série histórica, essa razão era de 17,1. Já a diferença entre o 1% mais rico e os 40% mais pobres caiu de 48,9 vezes em 2019, para 36,2 em 2024.
Da Agência Rádio Gov, em Brasília, Dilson Santa Fé