O número de pessoas ocupadas no comércio formal brasileiro cresceu pelo terceiro ano seguido e alcançou 10,5 milhões em 2023. Segundo a Pesquisa Anual de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento foi de 2,6% em relação a 2022, com 267 mil novos postos de trabalho. Esse é o segundo maior contingente da série histórica iniciada em 2007. Em relação ao período pré-pandemia, o crescimento foi de 3,5%.
De acordo com o IBGE, o setor varejista concentrou a maior parte dos empregos: 7,7 milhões de trabalhadores, o equivalente a 72% do total. Hiper e supermercados lideram entre as atividades do varejo, seguidos por farmácias, perfumarias e lojas de produtos médicos e óticos. Já o comércio atacadista empregou dois milhões de pessoas, o maior número desde 2007. No setor de veículos, peças e motocicletas, quase 903 mil pessoas estavam ocupadas.
Mesmo com mais empregos no varejo, os maiores salários vieram do atacado, com média de 2,9 salários mínimos. A média geral do setor foi de dois salários mínimos, a maior da série histórica. As empresas comerciais pagaram R$ 352 bilhões em remuneração no ano. A receita líquida do setor alcançou R$ 7,1 trilhões, sendo quase metade gerada pelo atacado.
O Sudeste continua liderando em volume de receita. São Paulo se manteve como o estado com maior fatia do faturamento. Também se destaca o crescimento do comércio online: o número de companhias que vendem pela internet quase dobrou entre 2019 e 2023, passando de 1,9 mil para 3,7 mil.
Da Agência Rádio Gov, em Brasília, José Carlos Andrade