O Brasil deixou o Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU), com menos de 2,5% da população em situação de subnutrição. A conquista ocorreu dois anos antes do previsto. Agora, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) executa a segunda etapa do Plano Brasil Sem Fome, que busca localizar e incluir nas políticas públicas quem ainda enfrenta insegurança alimentar grave.
Entre 2020 e 2024, o número de pessoas em insegurança alimentar severa caiu de 17,9 milhões para 7,1 milhões. O total de brasileiros em insegurança moderada e severa passou de 46 milhões para 28,5 milhões. Para o MDS, a redução está ligada à retomada de programas sociais, à articulação federativa pelo Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e ao aumento de renda das famílias mais pobres.
A nova fase do protocolo Brasil Sem Fome foca na vigilância alimentar, com cruzamento de dados, pesquisas retomadas e uso do Cadastro Único. Um indicador inédito mede o risco de insegurança alimentar por município. O Sistema Único de Saúde (SUS) também aplica questionários em domicílios e identifica famílias vulneráveis para inclusão prioritária em programas como o Bolsa Família.
A fome hoje se concentra nas áreas urbanas. Para enfrentá-la, o plano lançou a Estratégia Alimenta Cidades. A meta é garantir que os avanços sejam sustentáveis e que a insegurança alimentar grave seja eliminada do país.
Da Agência Rádio Gov, em Brasília, Luciano Barroso